Ambiente alimentar e excesso de peso em adultos: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.51723/ccs.v32iSuppl1.998Palavras-chave:
Obesidade, Ambiente construído, Ambiente alimentar, Revisão integrativaResumo
Objetivo: Analisar estudos que avaliaram a relação do ambiente alimentar com o excesso de peso em adultos.
Metodologia: Os artigos foram selecionados por meio da busca no Pubmed utilizando os descritores e suas combinações: “obesity”, “built environment”, “food environment”, “food intake” e “food consumption”. Os critérios de inclusão foram: artigos originais realizados com adultos, em zona urbana e publicados nos últimos 10 anos. A decisão de inclusão ou exclusão dos artigos, de acordo com os critérios de elegibilidade, foi realizada, separadamente, por dois avaliadores e adotada reavaliação para os resultados divergentes, sendo selecionados 25 artigos que avaliaram quantitativamente o ambiente alimentar e sua relação com o excesso de peso em adultos.
Resultados: Os estudos revisados utilizaram desenho transversal e, na sua maioria, com dados obtidos por fontes secundárias e buffer como unidade de vizinhança. A prevalência do excesso de peso variou de 41,7 a 62,3% e os fatores ambientais associados à essa maior prevalência foram as mercearias, os restaurantes fast food, as lojas de doces e os comércios de alimentos não saudáveis.
Conclusão: A heterogeneidade na definição de vizinhança e na obtenção dos dados individuais e do ambiente dificultam a comparação entre os resultados dos estudos e pode explicar as associações divergentes encontradas. Mais estudos são necessários para avaliar aspectos do ambiente alimentar do trabalho, do acesso, do custo dos alimentos e dos hábitos alimentares da população para que seja estabelecida uma associação mais consistente entre o excesso de peso e o ambiente alimentar.
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