Determinantes ambientais e não-ambientais da transmissão do plasmódio na paisagem urbana amazônica e suas consequências clínicas: estudo de base populacional em Mâncio Lima, Acre

Autores

  • Rayanne Alves de Arruda Universidade Federal do Acre
  • Felipe Monteiro de Araújo Universidade Federal do Acre
  • Andreus Roberto Schlosser Universidade Federal do Acre
  • Rudi Nogueira Universidade Federal do Acre
  • Maria Gabriela Silva Guimaraes Universidade Federal do Acre
  • Cassio Braga e Braga Universidade Federal do Acre
  • Antonio Camargo Martins Universidade Federal do Acre
  • Aline Ferreira da Silva Universidade Federal do Acre
  • Athaid David Escalante Cayotopa Universidade Federal do Acre
  • Wagner Werner Klein Universidade Federal do Acre
  • Mardelson Nery de Souza Universidade Federal do Acre
  • Breno Wilson Benevides Andrade Universidade Federal do Acre
  • Paula Rúbia Jornada Bastos Universidade Federal do Acre
  • Ana Caroline Santana dos Santos Universidade Federal do Acre
  • João Vitor Coelho Pacheco Universidade Federal do Acre
  • José Alcântara Filgueira- Júnior Universidade Federal do Acre
  • Alanderson Alves Ramalho Universidade Federal do Acre
  • Eder Ferreira de Arruda Universidade Federal do Acre
  • Saulo Augusto Silva Mantovani Universidade Federal do Acre
  • Thasciany Moraes Pereira Universidade Federal do Acre
  • Breno Matos Delfino Universidade Federal do Acre
  • Carlos Eugenio Cavasini Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
  • Rosely dos Santos Malafronte Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
  • Izabel Cristina dos Reis Fundação Instituto Osvaldo Cruz - RJ
  • Nildimar Alves Honório Fundação Instituto Osvaldo Cruz - RJ
  • Cláudia Torres Codeço
  • Mônica da Silva-Nunes Universidade Federal do Acre

DOI:

https://doi.org/10.51723/ccs.v28i01.108

Resumo

Este estudo avaliou as mudanças ambientais da paisagem urbana de um município com alta incidência de malária na Amazônia brasileira (Mâncio Lima, Acre) e sua relação com a doença, com o objetivo de prover evidências de que a transmissão do Plasmódio é causada pelo modo como os seres humanos interagem com o meio-ambiente. Foram efetuados três estudos populacionais consecutivos, entre 2012 e 2013, com 1260 indivíduos, com identificação do plasmódio por microscopia e técnicas moleculares. Casos de malária foram analisados mediante um questionário clinico. O estudo entomológico envolveu 8 inquéritos transversais com coleta de formas imaturas em 90 corpos d’água, bem como avaliação espacial desses dados. Os resultados mostraram que a transmissão de malária na área deveu-se em grande parte a criação de tanques de piscicultura, que elevaram em cerca de 10 vezes a produtividade de imaturos de Anopheles darlingi, e à grande mobilidade da população, que se desloca para áreas de maior transmissão (como área ribeirinha e rural) e retorna infectada para a área urbana. Foram identificados casos de portadores assintomáticos do Plasmódio, embora em pequena quantidade. Os fatores associados a ausência de sintomas (infecção assintomática) foram o sexo e o tempo da última malária. Em pacientes sintomáticos, a frequência dos sintomas se relacionou com idade, número de malárias previas e parasitemia. A concentração geográfica dos casos deveu-se em parte a características socioeconômicas agregadas no espaço, em conjunto com fatores ambientais como presença do vetor, visto que o uso infrequente de mosquiteiro associou-se com a incidência maior de malária.

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Publicado

29.01.2018

Edição

Seção

Saúde Coletiva

Como Citar

1.
Determinantes ambientais e não-ambientais da transmissão do plasmódio na paisagem urbana amazônica e suas consequências clínicas: estudo de base populacional em Mâncio Lima, Acre. Com. Ciências Saúde [Internet]. 29º de janeiro de 2018 [citado 19º de novembro de 2024];28(01):12-2. Disponível em: https://revistaccs.espdf.fepecs.edu.br/index.php/comunicacaoemcienciasdasaude/article/view/108