Satisfação do(a) usuário(a) trans com os serviços ofertados por um ambulatório de referência
DOI:
https://doi.org/10.51723/ccs.v34i04.1391Palavras-chave:
Pessoas Transgênero, Transexualidade, Satisfação do Usuário, Serviços de saúde, Pessoas LGBTQIA+Resumo
Objetivo: avaliar a satisfação do (a) usuário (a) trans a respeito dos serviços ofertados pelo Ambulatório Trans. Secundariamente, procurou-se identificar as demandas dos (as) seus (suas) usuários (as) e analisar os fatores facilitadores e dificultadores relacionados à satisfação destes (as). Método: para tanto, foi realizado um estudo transversal, exploratório e descritivo, realizado sob a perspectiva de uma avaliação participativa e inclusiva e através de métodos mistos – qualitativos e quantitativos. Resultados: o estudo demonstrou graus adequados de satisfação dos (as) usuários (as) trans para a maioria dos aspectos avaliados; avaliações negativas, quando presentes, relacionaram-se principalmente com a falta de insumos terapêuticos e dificuldade no acesso à realização de procedimentos cirúrgicos. Conclusão: embora a satisfação do (a) usuário (a) trans tenha sido elevada, o serviço não foi considerado capaz de realizar integralmente o processo transexualizador, haja vista a diversidade e especificidade das demandas do grupo.
Downloads
Referências
Trindade C de O, Fontes CAP, Costa EMF, Seidel KF de M, Batista MC, Chiamolera MI, et al. Medicina diagnóstica inclusiva: cuidando de pacientes transgênero - Posicionamento Conjunto. 1o ed. Vieira LMF, organizador. Rio de Janeiro: SBPC; SBEM; CBR; 2019. 36 p.
Coleman E, Walter Bockting, Marsha Botzer, Peggy Cohen-Kettenis, Griet DeCuypere, Jamie Feldman, et al. Normas de atenção à saúde das pessoas trans e com variabilidade de gênero [Internet]. 7o ed. World Professional Association for Transgender Health (WPATH); 2012. 131 p. Disponível em: www.wpath.org
Almeida G, Murta D. Reflexões sobre a possibilidade da despatologização da transexualidade e a necessidade da assistência integral à saúde de transexuais no Brasil. Sex Salud Soc Rio Jan. agosto de 2013;(14):380–407. https://doi.org/10.1590/S1984-64872013000200017
Rocon PC, Sodré F, Rodrigues A, Barros MEB de, Wandekoken KD. Desafios enfrentados por pessoas trans para acessar o processo transexualizador do Sistema Único de Saúde. Interface - Comun Saúde Educ. 5 de agosto de 2019;23:e180633. https://doi.org/10.1590/Interface.180633
Spizzirri G, Ankier C, Abdo CHN. Considerações sobre o atendimento aos indivíduos transgêneros. Diagn Trat. novembro de 2017;22(4):176–9. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-875488
Bockting W, Robinson B, Benner A, Scheltema K. Patient Satisfaction with Transgender Health Services. J Sex Marital Ther. julho de 2004;30(4):277–94. doi: 10.1080/00926230490422467.
Hall JA, Dornan MC. Meta-analysis of satisfaction with medical care: Description of research domain and analysis of overall satisfaction levels. Soc Sci Med. janeiro de 1988;27(6):637–44. DOI: 10.1016/0277-9536(88)90012-3
Bockting WO, Robinson BE, Rosser BRS. Transgender HIV prevention: A qualitative needs assessment. AIDS Care. agosto de 1998;10(4):505–25. doi: 10.1080/09540129850124028.
Shipley K, Hilborn B, Hansell A, Tyrer J, Tyrer P. Patient satisfaction: a valid index of quality of care in a psychiatric service. Acta Psychiatr Scand. abril de 2000;101(4):330–3. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10782555/
Brasil. Redefine e amplia o Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS). Ministério da Saúde. Portaria no 2.803, de 19 de novembro de 2013. 2013.
Distrito Federal. Protocolo de Acolhimento no Ambulatório Trans/DF. Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. Portaria no 161 de 21 de fevereiro de 2018. 2018.
Cardoso GCP, Oliveira EA de, Casanova AO, Toledo PP da S, Santos EM dos. Participação dos atores na avaliação do Projeto QualiSUS-Rede: reflexões sobre uma experiência de abordagem colaborativa. Saúde em Debate. 6 de maio de 2019;43(120):54–68. https://doi.org/10.1590/0103-1104201912004
Rodríguez-Campos L, Rincones-Gómez R. Collaborative Evaluations: Step-by-Step, Second Edition [Internet]. 2020 [citado 30 de julho de 2021]. Disponível em: https://doi.org/10.1515/9780804784856
Eyssel J, Koehler A, Dekker A, Sehner S, Nieder TO. Needs and concerns of transgender individuals regarding interdisciplinary transgender healthcare: A non-clinical online survey. PLoS One. agosto de 2017;12(8):e0183014–e0183014. doi: 10.1371/journal.pone.0183014
Greene JC, Benjamin L, Goodyear L. The Merits of Mixing Methods in Evaluation. Evaluation. janeiro de 2001;7(1):25–44. https://doi.org/10.1177/13563890122209504
Esher A, Santos EM dos, Azeredo TB, Luiza VL, Osorio-de-Castro CGS, Oliveira MA. Logic models from an evaluability assessment of pharmaceutical services for people living with HIV/AIDS. Ciência Saúde Coletiva. dezembro de 2011;16(12):4833–44. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011001300032
Alföldi F. Savoir Évaluer en action sociale et médico-sociale. Paris: Dunod; 2006.
Avery AM, Hellman RE, Sudderth LK. Satisfaction with mental health services among sexual minorities with major mental illness. Am J Public Health. Junho de 2001;91(6):990–1. doi: 10.2105/ajph.91.6.990
Krüger A, Sperandei S, Bermudez XPCD, Merchán-Hamann E. Characteristics of hormone use by travestis and transgender women of the Brazilian Federal District. Rev Bras Epidemiol. 2019;22(suppl 1):e190004. doi: 10.1590/1980-549720190004.supl.1
Esher Â, Santos EM dos, Magarinos-Torres R, Azeredo TB. Construindo Critérios de Julgamento em Avaliação: especialistas e satisfação dos usuários com a dispensação do tratamento do HIV/Aids. Ciência Saúde Coletiva. Janeiro de 2012;17(1):203-14. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012000100022
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Declaro para os devidos fins que o artigo que estou submetendo representa um trabalho original e nunca foi publicado total ou parcialmente, e que se alguma de suas partes foi publicada possuímos autorização expressa para a publicação no periódico Comunicação em Ciências da Saúde (CCS). Esse artigo não foi enviado a outro periódico e não o será enquanto estiver sendo considerada sua publicação; caso venha a ser aceito não será publicado em outro periódico; e não contém material difamatório ou ilegal sob nenhuma forma, não viola a intimidade de terceiros, nem infringe direitos protegidos.
Eu e demais autores desse trabalho certificamos por meio desta declaração que:
- Concordamos com as normas editoriais e com o processo de revisão da CCS;
- Aceitamos a responsabilidade pela conduta desse estudo e pela análise e interpretação dos dados;
- Cooperaremos, sempre que solicitado, na obtenção e fornecimento de dados sobre os quais o manuscrito está baseado, para exame dos avaliadores;
- Não estão sendo omitidos quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias ou pessoas que possam ter interesse no material abordado no artigo;
- Não estão sendo excluídos ou omitidos deste artigo autores ou instituições participantes;
- Possuímos permissão para uso de figuras e tabelas publicadas em outras fontes;
- Possuímos permissão das pessoas e instituições citadas nos agradecimentos;
- O autor correspondente autoriza a publicação do endereço informado e e-mail do(s) autor(es) junto com o artigo;
- Assumimos a responsabilidade pela entrega de documentos verídicos;
- Autorizamos a publicação do referido artigo no periódico Comunicação em Ciências da Saúde, segundo critérios próprios e em número e volume a serem definidos pelo editor do periódico;
- Nos comprometemos a atender os prazos estipulados pelos editores do periódico Comunicação em Ciências da saúde;
- Estamos cientes de que a não manifestação no prazo de dois dias da revisão da diagramação, recebida por e-mail, será considerado aprovado para publicação.