Prescrição de ácido fólico por ginecologistas no Distrito Federal para prevenir defeitos de tubo neural
DOI:
https://doi.org/10.51723/ccs.v26i03/04.303Resumen
Objetivo: Avaliar recomendações de ingestão de ácido fólico para prevenção de defeitos do tubo neural (DTN) em mulheres em idade fértil e gestantes por médicos ginecologistas-obstetras e médicos residentes dessa área em 6 hospitais da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
Métodos: Estudo descritivo transversal realizado entre junho/2010 e julho/2011 por meio de questionário aplicado médicos especialistas ginecologistas/obstetras e médicos residentes dessa área em 6 hospitais da SES-DF .
Resultados: 101 profissionais responderam ao questionário (74 especialistas e 27 residentes). O objetivo da suplementação como prevenção dos DTN foi referido em 95,0% das respostas, sendo que 92,1% dos profissionais (93/101) afirmaram orientar suas pacientes em idade fértil e vida sexual ativa sobre a importância da suplementação. Desses, 20,8% (21/101) prescreviam ácido fólico a todas pacientes não gestantes, em idade fértil e com vida sexual ativa, 60,4% (61/101) para todas mulheres não gestantes, em idade fértil, com vida sexual ativa e histórico familiar de DTN, e 74,3% (75/101) para todas gestantes sem histórico familiar de DTN. Em relação as doses prescritas de ácido fólico, 5mg/dia foi a posologia mais referida em mulheres não gestantes, em idade fértil e com vida sexual ativa (42,6,3%, 43/101) e em mulheres com antecedente de DTN (47,5%, 48/101).
Conclusão: Considerando-se a população alvo, período e dose preconizados, a orientação quanto à suplementação de ácido fólico a mulheres em idade fértil e vida sexual ativa esteve abaixo do recomendado para uma prevenção efetiva de DTN.
Descargas
Referencias
2. Santos LMP, Pereira MZ. Efeito da fortificação com ácido fólico na redução dos defeitos do tubo neural. Cad Saude Publica. 2007;23:17-24.
3. Margotto PR. Defeitos de fechamento do tubo neural. Disponível em: http://www.paulo-margotto.com.br/documentos/25.doc. Acessado em 20 de novembro de 2015.
4. Pacheco SS, Braga C, de Souza AI, Figueiroa JN. Efeito da fortificação alimentar com ácido fólico na prevalência de defeitos do tubo neural. Rev Saúde Pública 2009;43: 565-71.
5. Orlandi-Rubim R, Borigato EV. Associação entre defeitos do tubo neural, níveis plasmáticos de homocisteína, ácido fólico e mutações do gene da enzima etiletotetrahidrofolato redutase [dissertação de mestrado]. Brasília: Centro SARAH de Formação e Pesquisa; 2004.
6. Fonseca VM, Sichieri R, Basilio L, Ribeiro LVC. Consumo de folato em gestantes de um hospital público do Rio de Janeiro. Rev Bras Epidemiol 2003;6:319-27.
7. Smithells RW, Sheppard S, Schorah CJ, Seller MJ, Nevin NC, Harris R, et al. Possible prevention of neural-tube defects by periconceptional vitamin supplementation. Lancet 1980;1:339-40.
8. Mrcvit SRG. Prevention of neural tube defects: results of the Medical Research Council Vitamin Study. MRC Vitamin Study Research Group. Lancet 1991;338:131-7.
9. Czeizel AE, Dudas I. Prevention of the first occurrence of neural-tube defects by periconceptional vitamin supplementation. N Engl J Med 1992;327:1832-5
10. Olney RS, Mulinare J. Trends in neural tube defect prevalence, folic acid fortification, and vitamin supplement use. Semin Perinatol 2002;26:277-85.
11. Ray JG, Singh G, Burrows RF. Evidence for suboptimal use of periconceptional folic acid supplements globally. BJOG 2004;111:399-408.
12. Lumley J, Watson L, Watson M, et al. Periconceptional supplementation with folate and/or multivitamins for preventing neural tube defects. Cochrane Database Syst Rev. 2001;(3):CD001056.
13. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 344 de 13 de Dezembro de 2002. Aprova o Regulamento Técnico para a fortificação das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília (DF), 2002.
14. Suárez Obando F, Ordáñez Vásquez A, Phil M, Zarante I. Defectos del tubo neural y ácido fólico: Patogenia, metabolismo y desarrollo embriológico. Revisión de la literatura. Rev Colomb Obstet Ginecol 2010;61:49-60.
15. González AI, García M. Ácido fólico y defectos del tubo neural en Atención Primaria. Medifam 2003;13:305-310.
16. Wald NJ, Law MR, Morris JK, Wald DS. Quantifying the effect of folic acid. Lancet 2001;358:2069-73.
17. Power ML, Holzman GB, Schulkin J. Knowledge and clinical practice regarding folic acid among obstetrician-gynecologists. Obstet Gynecol 1999;95:895-98.
18. Feguri A, Gonsales D, Figueiredo N, Figueiredo RCF, Carmo AV. Closure of the neural tube defect: current status of prevention. Brasília Med 2009;46:223-27.
19. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Knowledge and use of folic acid by women of childbearing age—United States, 1997. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 1997;46:721–3
20. Neill AM, Laing RJ, Perez P, Spencer PJ. The “folic acid campaign”: Has the message got through? A questionnaire study. J Obstet Gynecol 1999;19:22–5.
21. de Jong-van den Berg LT, Hernandez-Diaz S, Werler MM, Louik C, Mitchell AA. Trends and predictors of folic acid awareness and periconceptional use in pregnant women. Am J Obstet Gynecol 2005;192:121-8.
22. Ahluwalia IB, Daniel KL. Are Women with Recent Live Births Aware of the Benefits of Folic Acid? MMWR Recomm Rep 2001;50(RR06):3-14
23. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Prevention program for reducing risk for neural tube defects---South Carolina, 1992--1994. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 1995;44:141-2.
24. Olsen SF, Knudsen VK. Folic acid for the prevention of neural tube defects: the Danish experience. Food Nutr Bull 2008;29:S205-9.
25. Bowles D, Wasiak R, Kissner M, van Nooten F, Engel S, Linder R, Verheven F, Greiner W. Economic burden of neural tube defects in Germany. Public Health 2014;128:274-81.
26. Colombo GL, Di Matteo S, Vinci M, Gatti C, Pascali MP, de Gennaro M, et al.A cost-of-illness study of spina bifida in Italy. Clinicoecon Outcomes Res 2013;5:309-16.
27. Radcliff E, Casell CH, Tanner JP, Kirby RS, Watkins S, Correia J, et al. Hospital use, associated costs, and payer status for infants born with spina bifida. Birth Defects Res A Clin Mol Teratol 2012;94:1044-53.
28. Conselho Federal de Medicina. Recomendação CFM Nº 2/13. Disponível em http://portal.cfm.org.br/images/stories/pdf/folico.pdf. Acessado em 20 de novembro de 2015.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Declaro para os devidos fins que o artigo que estou submetendo representa um trabalho original e nunca foi publicado total ou parcialmente, e que se alguma de suas partes foi publicada possuímos autorização expressa para a publicação no periódico Comunicação em Ciências da Saúde (CCS). Esse artigo não foi enviado a outro periódico e não o será enquanto estiver sendo considerada sua publicação; caso venha a ser aceito não será publicado em outro periódico; e não contém material difamatório ou ilegal sob nenhuma forma, não viola a intimidade de terceiros, nem infringe direitos protegidos.
Eu e demais autores desse trabalho certificamos por meio desta declaração que:
- Concordamos com as normas editoriais e com o processo de revisão da CCS;
- Aceitamos a responsabilidade pela conduta desse estudo e pela análise e interpretação dos dados;
- Cooperaremos, sempre que solicitado, na obtenção e fornecimento de dados sobre os quais o manuscrito está baseado, para exame dos avaliadores;
- Não estão sendo omitidos quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias ou pessoas que possam ter interesse no material abordado no artigo;
- Não estão sendo excluídos ou omitidos deste artigo autores ou instituições participantes;
- Possuímos permissão para uso de figuras e tabelas publicadas em outras fontes;
- Possuímos permissão das pessoas e instituições citadas nos agradecimentos;
- O autor correspondente autoriza a publicação do endereço informado e e-mail do(s) autor(es) junto com o artigo;
- Assumimos a responsabilidade pela entrega de documentos verídicos;
- Autorizamos a publicação do referido artigo no periódico Comunicação em Ciências da Saúde, segundo critérios próprios e em número e volume a serem definidos pelo editor do periódico;
- Nos comprometemos a atender os prazos estipulados pelos editores do periódico Comunicação em Ciências da saúde;
- Estamos cientes de que a não manifestação no prazo de dois dias da revisão da diagramação, recebida por e-mail, será considerado aprovado para publicação.