Estudo multicêntrico da prevalência de tuberculose e HIV na população carcerária do Estado do Mato Grosso do Sul

Autores

  • Andrea da Silva Santos Carbone Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, Brasil
  • Renata Viebrantz Enne Sgarbi Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, Brasil
  • Everton Ferrreira Lemos Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Brasil.
  • Dayse Sanchez Guimarães Paião Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, Brasil.
  • Simone Simionatto 3Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, Brasil.
  • Ana Rita Coimbra Motta de Castro Fundação Oswaldo Cruz, Campo Grande, Brasil
  • Maurício Antonio Pompílio Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Brasil
  • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Brasil.
  • Albert I. Ko Departamento de Epidemiologia de Doenças Microbianas, Escola de Saúde Pública de Yale, New Haven, Estados Unidos
  • Jason R. Andrews Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, Stanford, Estados Unidos
  • Julio Croda Universidade Federal do Mato Grosso do Sul / Fundação Oswaldo Cruz, Campo Grande, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.51723/ccs.v28i01.116

Palavras-chave:

Tuberculose, HIV, Prisioneiros, Estudos transversais, Epidemiologia

Resumo

Introdução: Estudos anteriores relataram maior prevalência de Tuberculose e HIV entre os prisioneiros do que na população geral no Brasil, mas existem dados limitados disponíveis para facilitar o desenvolvimento de intervenções efetivas neste cenário de alta transmissão. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência e os fatores de risco associados à Tuberculose e ao HIV. Metodologia: Realizado questionário para a amostra de detentos de 12 prisões em Mato Grosso do Sul (Brasil), prova tuberculínica, coletado sangue para teste de HIV e duas amostras de escarro para baciloscopia e cultura de participantes que relataram tosse de qualquer duração, de Janeiro a Dezembro de 2013. Resultados: Foram recrutados 3.380 detentos, dos quais 2.861 (84,6%) eram homens de 8 prisões e 519 (15,4%) eram mulheres de 4 prisões. Entre os 1.020 (30%) indivíduos que relataram tosse, 691
(68%) coletaram escarro e foram identificados 31 casos de tuberculose ativa, com uma prevalência de 917 por 100.000 detentos. A prevalência de tuberculose latente foi de 22,5% e 11,7% para homens e mulheres, respectivamente. Dos participantes, 55 (1,63%) são soropositivos: 45 (1,58%) homens e 10 mulheres (1,93%). Conclusões: Observou-se que
a prevalência de tuberculose ativa e HIV são mais elevadas entre detentos do que na população geral, o que indica um alto risco de infecção e transmissão dentro dessas configurações. Para melhorar o controle da tuberculose nas prisões é necessária a detecção de casos de TB ativa em presídios através da triagem frequente e detecção de casos passiva e ativa.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Albert I. Ko, Departamento de Epidemiologia de Doenças Microbianas, Escola de Saúde Pública de Yale, New Haven, Estados Unidos

    Vinculado ao Instituto Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, Brasil

  • Jason R. Andrews, Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, Stanford, Estados Unidos

    Professor do Departamento de Doenças Infecciosas e Medicina Geográfica, Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, Stanford, Estados Unidos

  • Julio Croda, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul / Fundação Oswaldo Cruz, Campo Grande, Brasil

     Fiocruz/MS. Rua Gabriel Abrão, 92, Jardim das Nações, Campo
    Grande, MS.      CEP:79.081-746    Telefone: (67)33474693. 

Referências

1. World Health Organization. Global tuberculosis report 2013. In: Organization WHO, editor. WHO, 2013.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
3. Lemos AC, Matos ED, Bittencourt CN. Prevalence of active and latent TB among inmates in a prison hospital in Bahia, Brazil. J Bras Pneumol. 2009;35(1):63–8.
4. Estevan AO, Oliveira SM, Croda J. Active and latent tuberculosis in prisoners in the Central-West Region of Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2013;46(4):515–8.
5. Abrahão RM, Nogueira PA, Malucelli MI. Tuberculosis in county jail prisoners in the western
sector of the city of São Paulo, Brazil. International Journal of Tuberculosis and Lung Disease.
2006;10(2):203–8.
6. Kuhleis D, Ribeiro AW, Costa ER, Cafrune PI, Schmid KB, Costa LL, et al. Tuberculosis in a southern Brazilian prison. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.2012; 107(7):909–15.
7. World Health Organization, United Nations Office on Drugs and Crime and Joint United Nations Programme on HIV/AIDS. HIV prevention, treatment and care in prisons and other closed settings: a comprehensive package of interventions. Geneva: WHO, 2013.

Downloads

Publicado

02.02.2018

Edição

Seção

Saúde Coletiva

Como Citar

1.
Estudo multicêntrico da prevalência de tuberculose e HIV na população carcerária do Estado do Mato Grosso do Sul. Com. Ciências Saúde [Internet]. 2º de fevereiro de 2018 [citado 21º de novembro de 2024];28(01):53-7. Disponível em: https://revistaccs.espdf.fepecs.edu.br/index.php/comunicacaoemcienciasdasaude/article/view/116

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.