Avaliação clínica de compósito constituidos por fosfato de cálcio nanoestruturado e biopolímero associado à células osteoprogenitoras como alternativa à biocerâmica para a uso na rede SUS na regeneração óssea
DOI:
https://doi.org/10.51723/ccs.v28i01.123Resumo
Os biomateriais nanoestruturados têm se destacado como elementos
estratégicos para a medicina regenerativa devido à sua grande área
específica, a sua característica de atuar como veículo portador e liberador
de fatores de crescimento, células e pela sua mobilidade no plasma,
no meio extra e intra-celular. Nos últimos anos, a equipe executora deste
estudo, constituída por pesquisadores do CBPF, UFF, UFRJ e INMETRO
têm concentrado seus esforços no desenvolvimento de novos fosfatos de
cálcio na forma nanoestruturada e com substituições iônicas para uso clínico.
Estas características potencializam a bioabsorção do material e sua
eficiência na regeneração tecidual, bem como seu uso como nanocarreador
de biomoléculas (proteínas, peptídeos, fatores de crescimento e fármacos).
Neste estudo foi produzido e avaliado clinicamente um novo biomaterial
para a regeneração óssea, seguindo o princípio de “quality by desing”,
visando aumentar sua eficiência em procedimentos clínicos específicos
tais como o tratamento do edentulismo. Considerando o enxerto autógeno
como referência, foram realizadas mudanças profundas no desenho
dos enxertos de fosfato de cálcio convencionais no sentido de processar
o biomaterial na forma de uma matriz microporos não cerâmica constituída
por compósito nanoestruturado de hidroxiapatita carbonatada e o
biopolímero alginato de sódio – associado ao concentrado de fatores de
crescimento. Este projeto objetivou avaliar clinicamente o ganho ósseo na
elevação da membrana sinusal após implantação de microesferas de hidroxiapatita
carbonatada nanoestruturada associadas ao concentrado de
fatores de crescimento em fase líquida, obtido do sangue periférico autógeno.
O levantamento do assoalho do seio maxilar utilizando microesferas
de hidroxiapatita carbonatada nanoestruturada asssociada ou não aos
fatores de crescimento não identificou o efeito sinérgico no aumento do
tecido ósseo quando o biomaterial era associado aos fatores de crescimento
na fase líquida. Foi observada uma formação óssea equivalente em ambos
os lados operados após seis meses do procedimento de elevação sinusal.
Com este estudo concluímos que as microesfears de hidroxiapatita carbonatada
nanoestruturada é segura e eficaz para uso humano e pode ser
uma alternativa segura para uso na Rede SUS em procedimentos de regeneração óssea com custo muito inferior ao biomaterial sintético disponível
no Mercado nacional. Estudos futuros multicêntricos com um número
maior de participantes devem ser realizados (Fase 3 da Pesquisa Clínica).
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Referências
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