Paciente cardíaco revascularizado: processo de referência e contra referência dos serviços de saúde de Santa Catarina

Autores

  • Alacoque Lorenzini Erdmann Universidade Federal de Santa Catarina
  • Betina Horner Schlindwein Meirelles Universidade Federal de Santa Catarina
  • Gabriela Marcellino de Melo Lanzoni Universidade Federal de Santa Catarina
  • Maria Aparecida Baggio Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Giovana Dorneles Callegaro Higashi Universidade Federal de Santa Catarina
  • Cintia Koerich Universidade Federal de Santa Catarina
  • Kamylla Santos da Cunha Universidade Federal de Santa Catarina
  • Carolina Kahl Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.51723/ccs.v28i01.125

Palavras-chave:

Enfermagem, Cirurgia Cardíaca, Integralidade em Saúde

Resumo

Objetivos: compreender o processo de referência e contrarreferência da pessoa acometida por coronariopatia e submetida à revascularização cardíaca nos serviços de saúde de Santa Catarina e a interface com a atuação do enfermeiro. Método: Trata-se de pesquisa quanti-qualitativa, organizada em dois momentos concomitante, entre março de 2013 a março de 2014. O primeiro foi quantitativo, do tipo epidemiológico observacional e transversal, em um hospital referência cardiovascular para Santa Catarina, envolvendo 99 indivíduos submetidos à revascularização miocárdica. Na etapa qualitativa, a Teoria Fundamentada nos Dados foi realizada com 62 participantes, vinculados ao sistema de saúde Estadual de Santa Catarina e municipal da região de Florianópolis e de Chapecó. Resultados: A média do tempo de internação ficou em 40,3 dias, enquanto a média do tempo de pré-operatório ficou em 22,8 dias, já a média do tempo de pós-operatório ficou em 10,9 dias. As principais
características da internação e alterações apresentadas por indivíduos no pré e pós-operatório de CRM foram: ansiedade, dor torácica, angina, falta de ar, dispnéia, HAS, hemorragia, complicações pulmonares e arritmias. Instrumentos de Regulação representam importante meio para integração dos serviços de saúde, embora a contrarreferência não esteja estruturada. Profissionais de saúde, incluindo Enfermeiros, apresentam baixa resolutividade na prática clínica na Atenção Básica. Conclusão: Evidenciam-se fragilidades no processo de referência e contrarreferência, com desarticulação entre os diferentes pontos da rede de atenção à saúde e necessidade de fortalecimento das estratégias eficientes para garantir acesso e cuidado seguro, com vínculo entre os profissionais da Atenção Básica e usuário.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Alacoque Lorenzini Erdmann, Universidade Federal de Santa Catarina

    Enfermeira. Doutora em Filosofia da Enfermagem. Departamento de Enfermagem e Programa de Pós-
    Graduação em Enfermagem. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

  • Betina Horner Schlindwein Meirelles, Universidade Federal de Santa Catarina

    Enfermeira. Doutora em Filosofia da Enfermagem. Departamento de Enfermagem e Programa de Pós-
    Graduação em Enfermagem.  Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

  • Gabriela Marcellino de Melo Lanzoni, Universidade Federal de Santa Catarina

    Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Departamento de Enfermagem.
    Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

  • Maria Aparecida Baggio, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

    Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Curso de Graduação em Enfermagem e Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira.

  • Giovana Dorneles Callegaro Higashi, Universidade Federal de Santa Catarina

    Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Departamento de Enfermagem.
    Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

  • Cintia Koerich, Universidade Federal de Santa Catarina

    Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

  • Kamylla Santos da Cunha, Universidade Federal de Santa Catarina

    Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

  • Carolina Kahl, Universidade Federal de Santa Catarina

    Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

Referências

1. World Health Organization. Noncommunicable Diseases Country Profiles [Internet]. 2014 [citado 2017 out. 25]. Disponível em: http://apps.who.int/
iris/bitstream/10665/128038/1/9789241507509_eng.pdf?ua=1
2. Almeida PF, Santos AM, Santos VP, Silveira Filho, RMS. Integração assistencial em região de saúde: paradoxo entre necessidades regionais e interesses locais. Saude soc. [Internet]. 2016 [citado 2017 out. 25];25(2):320-335. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902016153295
3. Bloom G, Henson S, Peters DH. Innovation in regulation of rapidly changing health markets. Globalization and Health [Internet]. 2014 [citado 2017 out.25]; 10(53):1-11. Doi: https://doi.org/10.1186/1744-8603-10-53
4. Bernardino E, Segui MLH, Lemos MB, Peres AM. Enfermeira de ligação: uma estratégia de integração em rede. Rev. bras. enferm. [Internet]. 2010 [citado
2017 out. 25]; 63(3):459-463. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S003471672010000300018
5. McNab J, Paterson J, Fernyhough J, Hughes R. Role of the GP liaison nurse in a community health program to improve integration and coordination of services for the chronically ill. Australian Journal of Primary Health [Internet]. 2016 [citado 2017 out.25]; (22):123–127. Doi: http://dx.doi.org/10.1071/PY14089
6. Pan American Health Organization (PAHO). World Health Organization. Health care coordinated by APS: building networks of attention in SUS: Contributions
to the debate [Internet]. 2011 [citado 2017 out.25]. Available from: http://iris.paho.org/xmlui/bitstream/handle/123456789/18457/9788579670657_
por.pdf?sequence=1&isAllowed=y
7. Cunha KS, Higashi GDC, Erdmann AL, Kahl C, Koerich C, Meirelles BHS. Myocardial revascularization: factors intervening in the reference and counter-reference in Primary Health Care. Rev Esc Enferm USP. [Internet]. 2016 [citado 2017 out.25]; 50(6):963-970. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000700013
8. Cunha KS, Erdmann AL, Higashi GDC, Baggio MA, Kahl C, Koerich C, Meirelles BHS, Lanzoni GMM. Myocardial revascularization: unveiling strategies in
reference and counter reference in primary health care. Revista Baiana de Enfermagem [Internet] 2016 [citado 2017 out. 25]; 30(1):295-304. Available
from: http:/ / dx.doi.org/10.18471/ rbe.v1i1.16039
9. Strauss A, Corbin J. Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2008.

Downloads

Publicado

09.02.2018

Edição

Seção

Clínica Assistencial

Como Citar

1.
Paciente cardíaco revascularizado: processo de referência e contra referência dos serviços de saúde de Santa Catarina. Com. Ciências Saúde [Internet]. 9º de fevereiro de 2018 [citado 20º de novembro de 2024];28(01):91-5. Disponível em: https://revistaccs.espdf.fepecs.edu.br/index.php/comunicacaoemcienciasdasaude/article/view/125

Artigos Semelhantes

321-323 de 323

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.