Considerações bioéticas sobre o processo de trabalho do cirurgião dentista na saúde suplementar
DOI:
https://doi.org/10.51723/ccs.v27i04.32Palabras clave:
Saúde suplementar;, Odontologia;, Bioética, Planos de pré-pagamento em saúdeResumen
Introdução: Conhecer o funcionamento do setor de saúde suplementar na área da odontologia. Objetivos: Avaliar a percepção do cirurgião-dentista, o grau de satis‑ fação, sua autonomia e a vulnerabilidade em relação a seu processo de trabalho em uma análise bioética, bem como sua relação com operadoras de odontologia suplementar no atendimento aos beneficiários dos planos de saúde em duas modalidades: Autogestão e Odontologia de Grupo.
Material e método: Trata-se de uma pesquisa do tipo inquérito, cujos dados foram coletados por meio de 108 questionários respondidos por cirurgiões-dentistas em Brasília-DF. Os profissionais foram selecionados ao acaso e foram entrevistados entre os meses de setembro de 2009 e maio de 2010.
Resultados: A inserção e consolidação no mercado de trabalho estão insatisfatórias para o cirurgião-dentista (87,1%), bem como o grau de satisfação pelo ressarcimento financeiro da odontologia como prática de trabalho, pois 57,4% dos profissionais responderam que a odontologia como prática de trabalho não atende suas necessidades financeiras. O profissional apresenta vulnerabilidade frente a algumas operadoras que credenciam seus serviços pela injusta remuneração e pela perda da de‑ cisão ético-tecnológica.
Conclusões: O profissional ainda tem certa autonomia para decidir o plano de tratamento, mas encontra-se vulnerável diante do mercado da odontologia suplementar. A reflexão dessas questões à luz da bioética permite redimensionar novas discussões na busca de soluções éticas e políticas que espelhem em dignidade ao profissional e benefícios à população coberta pela assistência suplementar.
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