Hipertensão arterial resistente: primária ou secundária?
DOI:
https://doi.org/10.51723/ccs.v32iSuppl1.1005Palavras-chave:
Hipertensão arterial, Hiperaldosteronismo, DiagnósticoResumo
Introdução: A hipertensão arterial resistente (HAR) pode ser de origem primária ou secundária. A investigação de hipertensão arterial (HA) secundária deve ser reservada aos casos sugestivos, a sua identificação é fundamental, pois o tratamento da causa melhora o controle da pressão arterial e possibilita a cura. Objetivos: Apresentar o caso clínico de um indivíduo que, apesar da presença de fatores sugestivos de HA secundária, manteve controle inadequado dos níveis pressóricos por 35 anos. Após diagnóstico e tratamento corretos, os níveis tensionais normalizaram. Métodos: O indivíduo foi encaminhado ao ambulatório especializado em HAR e submetido ao fluxograma de investigação de hipertensão arterial secundária: nível de aldosterona plasmática; atividade de renina plasmática (ARP); tomografia computadorizada (TC) de abdome; testes de sobrecarga salina e supressão do captopril; medida ambulatorial da pressão arterial; e exames para pesquisa de lesão em órgão-alvo. Resultados: Aldosterona plasmática = 15,5ng/dL, ARP suprimida e relação aldosterona/ARP = 51,6. TC: nódulo na haste lateral da adrenal esquerda medindo 10x9mm compatível com adenoma. Aldosterona após sobrecarga salina = 20,5ng/dL. Teste de supressão de captopril positivo. Função renal e microalbuminúria normal. Ecodopplercardiograma: aumento de câmaras esquerdas. Estabelecido o diagnóstico de hiperaldosteronismo primário foi iniciada a espironolactona com melhora do controle pressórico. Foi, então, submetido a cirurgia de ressecção do adenoma com alcance das metas pressóricas com um só medicamento. Conclusão: É importante reconhecer situações em que se deve investigar causas secundárias de hipertensão para adequação do tratamento, evitando-se complicações crônicas da HA não controlada.
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Referências
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