Retratos da interface Cultura e Saúde no Brasil: Volume 2
DOI:
https://doi.org/10.51723/ccs.v27i03.80Abstract
A Rede Saúde e Cultura publicou no ano de 2015 o segundo volume do Retratos da Interface Cultura e Saúde no Brasil, Experiências Premiadas e Selecionadas pelos editais Prêmio Cultura e Saúde 2008 e 2010, através da Fundação Oswaldo Cruz ‑ Fiocruz com o apoio do Ministério da Cultura – MINC e do Ministério da Saúde – MS. Com o objetivo de construir conhecimento sobre a apropriação social dos Prêmios Cultura e Saúde 2008 e 2010, a publicação analisou 149 destas experiências, identificando o perfil dos atores, a natureza das práticas que materializam na ponta a articulação saúde e cultura, os públicos para quem estas se voltam, as linguagens utilizadas e os parceiros no território.
A obra começa apresentando o percurso da articulação interministerial a partir das iniciativas que antecederam o acordo de cooperação em 2010, entre a Fiocruz/MS e o MINC, que implementou o projeto “Rede Saúde e Cultura: promovendo inclusão e qualidade de vida”. Contextualizando conceitualmente a intrínseca relação entre os setores da saúde e da cultura relação através dos marcos conceituais da Reforma Sanitária Brasileira e da Convenção Internacional sobre Diversidade Cultural.
A partir dos objetivos e resultados obtidos no primeiro volume, publicado em 2014, cujo foco da análise foi o perfil dos proponentes dos projetos selecionados e premiados, a distribuição regional da premiação, evidenciando os aspectos das formas de acesso a estes editais, o estudo realizado no segundo volume teve como foco a natureza das experiências selecionadas. Foi utilizado como fonte documental o conjunto de formulários preenchidos pelos proponentes selecionados ou premiados em 2008 e 2010. O objeto da análise foram as respostas do proponente às questões abertas do formulário que tratavam da descrição da atividade, do público a ser atendido, dos aspectos inovadores e do impacto da iniciativa na condição de saúde da comunidade.
A publicação traz de forma detalhada, com tabelas explicativas, a metodologia utilizada para classificar e categorizar as finalidades, os temas, os grupos populacionais, as fases da vida, as práticas culturais, as parcerias desenvolvidas, dentre outras categorias criadas a partir do vasto material que as respostas do formulário trouxeram.
Os resultados da análise dos dois editais são apresentados de forma concomitante, organizados a partir de perguntas geradoras como: Onde estão localizados os proponentes? O que foi proposto? Há variação do foco da ação segundo a região do país? Qual a natureza do foco das ações segundo as instituições proponentes? Para quem foram direcionadas as propostas? Que parcerias foram estabelecidas? E outros cruzamentos de dados que respondem as questões: Como os proponentes articulam o foco da Promoção da Saúde com os temas, grupos populacionais, fases da vida e práticas culturais?
Esta forma de apresentação dos resultados possibilitou uma comparação temática abrangente e exploratória, levantando importantes considerações sobre a natureza das práticas e parcerias das propostas premiadas e selecionadas nos referidos editais. Destaca‑se para ambos os anos: o tema Drogas, DST‑AIDS como mais trabalhado; as práticas culturais educativas como as mais frequentes; o governo municipal como o parceiro mais frequente; maior número de propostas com foco na Promoção da Saúde, seguida da Prevenção de Doenças e Agravos e Humanização.
Trata‑se de um material riquíssimo pois além de dar visibilidade à dinâmica intersetorial em curso, induzindo políticas e práticas no setor, produz evidências sobre o impacto destas práticas na qualidade de vida. Dessa forma, torna‑se um instrumento para o gestor avaliar e acompanhar o impacto dos projetos, programas, prêmios e políticas, na realidade cotidiana dos territórios, assim como uma fonte de dados para os pesquisadores e atores da sociedade civil que atuam na interface da saúde com a cultura.
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