Fendas Orais no Sistema Único de Saúde – Alagoas: Definição de modelo para referência e contrarreferência em genética
DOI:
https://doi.org/10.51723/ccs.v28i01.110Palabras clave:
fenda labial, fissura palatina, Sistema Único de SaúdeResumen
Fendas orais são malformações prevalentes, requerem cuidado multiprofissional do nascimento até a vida adulta, envolvendo promoção da saúde, prevenção de comorbidades e reabilitação clínico-cirúrgica. Em
Alagoas, a atenção nesta área não está estruturada resultando em iniquidades e fragmentação do cuidado. Neste estudo foi concebido e testado um sistema de referência e contrarreferência em genética usando as fendas orais como modelo. Métodos: (a) articulação com a Secretaria de Estado da Saúde para conceber o fluxo do sistema; (b) pactuação com gestores e maternidades dos municípios-alvo; (c) capacitação dos profissionais; (d) desenvolvimento de materiais informativos (formulários, manuais, cartazes etc.); (e) os dados dos pacientes foram coletados através da CranFlow® durante as consultas médicas e analisados usando Microsoft Excel e Epi-Info™. Resultados: A partir da articulação entre os municípios-alvo e o Serviço de Genética Clínica, 50 pacientes foram referidos e contrarreferidos entre outubro/2014 e fevereiro/2016. Este número foi igual à soma de atendimentos oriundos da demanda espontânea à Genética no período 2010-2016. Em linhas gerais, as características genético-clínicas corroboraram a literatura. Chamou a atenção a baixa frequência de
diagnóstico pré-natal inclusive em casos sindrômicos. Baixa escolaridade
materna, recorrência familial e ingestão de álcool na gravidez foram os
fatores de risco mais prevalentes. Conclusões: o sistema de referência e contrarreferência mostrou-se válido e passível de extensão a outros defeitos congênitos e estados brasileiros. Os resultados também forneceram subsídios para a construção de uma política de saúde voltada para as necessidades específicas de pessoas com fendas orais em Alagoas.
Descargas
Referencias
2. Marazita ML. The Evolution of Human Genetic Studies of Cleft Lip and Cleft Palate. Annual review of genomics and human genetics. 2012;13:263-283.
3. Leslie EJ; Marazita ML. Genetics of cleft lip and cleft palate. American Journal of Medical Genetics Part C (Seminars in MedicalGenetics). 2013;163C:246–258.
4. Mossey PA, Little J, Munger RG, Dixon MJ, Shaw WC. Cleft lip and palate. The Lancet. 2009;374:1773-85.
5. Portaria SAS/MS nº 62. Normaliza cadastramento de hospitais que realizem procedimentos integrados para reabilitação estético-funcional dos portadores de má-formação labiopalatal para o Sistema Único de Saúde, e dá outras providências. Diário Oficial da União 1994; 14 abr.
6. Portaria GM/MS nº 1278. Normaliza cadastramento de centros/núcleos para realização de implante coclear, e dá outras providências. Diário Oficial da União 1999; 20 out.
7. Brasil. Reduzindo as desigualdades e ampliando o acesso à assistência à saúde no Brasil 1998-2002. Brasília-DF: Ministério da Saúde; 2002.
8. Portal da saúde: estabelecimentos de saúde habilitados –fissura labiopalatal 2017. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/898-sas-raiz/daet‑
-raiz/media-e-alta-complexidade/l3-media-e-alta‑
-complexidade/12824-estabelecimentos-de-saude-
habilitados-fissura-labiopalatal. Acessado em: 20 de outubro de 2017.
9. Monlleó IL. Relatório técnico final de pesquisa: Fendas Orais no SUS - Alagoas: Definição de modelo para referência e contra-referência em Genética. 2016.
10. Fontes MIB, Almeida LN, Reis Junior GO, VieiraFilho JI, Santos KM; Anjos FS et al. Local Strategies to Address Health Needs of Individuals with Orofacial Clefts in Alagoas, Brazil. The Cleft Palate-Craniofacial Journal. 2013 Jul;50(4):424-31.
11. Monlleó IL, Fontes MIB. Relatório técnico anual de pesquisa: Caracterização de aspectos essenciais para o planejamento da atenção à saúde de pessoas com fendas orofaciais no SUS-Alagoas. 2011.
12. Monlleó IL, Barros AGR, Fontes MIB, Andrade AKM, Brito GM, Nascimento DLL, Gil-da-Silva-Lopes VL. Diagnostic implications of associated defects in patients with typical orofacial clefts. J Pediatr (Rio J). 2015;91(5):485-92.
13. Volpe-Aquino RM, Monlleó IL, Lustosa-Mendes E, Mora AF, Fett-Conte AC, Félix TM, Xavier AC et al. CranFlow: An Application for Record-Taking and Management Through the Brazilian Database on Craniofacial Anomalies. Birth Defects Research. 2017;1:1-1.
14. Andrade AKM, Barros AGR, Monteiro GS, Oliveira Junior GV, Gil-da-Silva-Lopes VL, Monlleó IL et al. Referência e contra-referência em genética no SUS usando as fendas orais como modelo. In: XXVII Congresso Brasileiro de Genética Médica; 2015, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.
15. Monlleó IL, Fontes MIB, Ribeiro EM, Souza J, Leal GF, Félix TM et al. Implementing the Brazilian Database on Orofacial Clefts. Plastic Surgery
International. 2013;2013:1-10.
16. Rumack CM, Wilson SR, Charboneau JW, editores. Tratado de Ultrassonografia diagnóstica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006, 2ª tiragem.
17. Maarse W, Bergé SJ, Pistorius L, Barneveld TV, Kon M, Breugem C, et al. Diagnostic accuracy of transabdominal ultrasound in detecting prenatal cleft lip and palate: a systematic review. Ultrasound Obstet Gynecol. 2010;35:495-502.
18. Nicholls W, Jennings R, Yeung Y, Walters M, Hewitt B, Gillet D. Antenatal ultrasound detection of cleft in Western Australia from 2003 to 2012: a follow-up study. Cleft Palate Craniofac J. 2017; 54(3):321-326.
19. Amstalden-Mendes LG, Xavier AC, Klein-Antunes D, Ferreira ACR, Tonocchi R, Fett-Conte AC et al. Time of diagnosis of oral clefts: a multicentric study. Jornal de Pediatria. 2011;8: 225-230.
20. Liou JD, Huang YH, Hung TH, Hsieh CH, Hsieh TT, Lo LM. Prenatal diagnostic rates and postnatal outcomes of fetal orofacial clefts in Taiwanese population. Int J Gynaecol Obstet. 2011;113:211-214.
21. Han HH, Choi EJ, Kim JM, Shin JC, Rhie JW. The importance of multidisciplinary management during prenatal care for cleft lip and palate. APS. 2016;43:153-159.
22. Gil-da-Silva-Lopes VL, Monlleó IL. Risk factors and the prevention of oral clefts. Brazilian Oral Research. 2014;28: 1-5.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Declaro para os devidos fins que o artigo que estou submetendo representa um trabalho original e nunca foi publicado total ou parcialmente, e que se alguma de suas partes foi publicada possuímos autorização expressa para a publicação no periódico Comunicação em Ciências da Saúde (CCS). Esse artigo não foi enviado a outro periódico e não o será enquanto estiver sendo considerada sua publicação; caso venha a ser aceito não será publicado em outro periódico; e não contém material difamatório ou ilegal sob nenhuma forma, não viola a intimidade de terceiros, nem infringe direitos protegidos.
Eu e demais autores desse trabalho certificamos por meio desta declaração que:
- Concordamos com as normas editoriais e com o processo de revisão da CCS;
- Aceitamos a responsabilidade pela conduta desse estudo e pela análise e interpretação dos dados;
- Cooperaremos, sempre que solicitado, na obtenção e fornecimento de dados sobre os quais o manuscrito está baseado, para exame dos avaliadores;
- Não estão sendo omitidos quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias ou pessoas que possam ter interesse no material abordado no artigo;
- Não estão sendo excluídos ou omitidos deste artigo autores ou instituições participantes;
- Possuímos permissão para uso de figuras e tabelas publicadas em outras fontes;
- Possuímos permissão das pessoas e instituições citadas nos agradecimentos;
- O autor correspondente autoriza a publicação do endereço informado e e-mail do(s) autor(es) junto com o artigo;
- Assumimos a responsabilidade pela entrega de documentos verídicos;
- Autorizamos a publicação do referido artigo no periódico Comunicação em Ciências da Saúde, segundo critérios próprios e em número e volume a serem definidos pelo editor do periódico;
- Nos comprometemos a atender os prazos estipulados pelos editores do periódico Comunicação em Ciências da saúde;
- Estamos cientes de que a não manifestação no prazo de dois dias da revisão da diagramação, recebida por e-mail, será considerado aprovado para publicação.