Educação em saúde à população em situação de rua: impressões de médicos de família e comunidade
DOI:
https://doi.org/10.51723/sv0crj19Palavras-chave:
Pessoas Mal Alojadas, Vulnerabilidade Social, Internato e Residência, Medicina de Família e Comunidade, Atenção Primária à SaúdeResumo
Introdução: a população em situação de rua configura um segmento populacional que necessita de cuidados diferenciados, em especial na área da saúde. Objetivo: conhecer percepções que residentes de Medicina de Família e Comunidade tiveram sobre a população em situação de rua, verificando se o tema foi abordado no programa de residência. Método: trata-se de um estudo exploratório e descritivo, de abordagem qualitativa, realizado por meio de entrevistas semiestruturadas com nove residentes do 3º ano opcional de Medicina de Família e Comunidade no município do Rio de Janeiro, formados em 2021. Resultados: evidenciou-se que o estágio prático obrigatório sensibilizou os entrevistados para as particularidades dessa população, embora tenham sido apontadas dificuldades no aprendizado e no cuidado. Conclusão: apesar de o tema estar presente no currículo, foi considerado insuficiente nas discussões e em outros cenários teórico-práticos, evidenciando a necessidade de maior aprofundamento para qualificar a formação dos residentes.
Downloads
Referências
1. Carvalho JM. Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi (os). 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras; 2002.
2. Grupo de Trabalho Interministerial para Elaboração da Política Nacional para Inclusão Social da População em Situação de Rua (Brasil). Política Nacional para inclusão social da População em situação de rua [Internet]. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: http://www.recife.pe.gov.br/noticias/arquivos/2297.pdf
3. Natalino MAC. Estimativa da população em situação de rua no Brasil (2012-2022) [Internet]. Brasília: IPEA; 2023 [acesso em: 08 jan. 2025]. Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/11604/4/NT_103_Disoc_Estimativa_da_Populacao.pdf
4. Da Cunha JVQ, Rodrigues M, organizadores. Rua: aprendendo a contar [Internet]. Brasília: Athalaia Gráfica; 2009 [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Livros/Rua_aprendendo_a_contar.pdf
5. Crenshaw K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Rev Estud Fem. 2002;10(1):171–88. [acesso em: 29 dez. 2024]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000100011
6. Pereira BCJ. Sobre usos e possibilidades da interseccionalidade. Civitas [Internet]. 2021;21(3):445–54. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/civitas/article/view/40551
7. Ministério da Saúde (Brasil). Portaria nº 122, de 25 de janeiro de 2011. Define as diretrizes de organização e funcionamento das Equipes de Consultório na Rua. Diário Oficial da União. 2011 jan. 26 [Internet]. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0122_25_01_2012.html
8. Lavras C. Atenção primária à saúde e a organização de redes regionais de atenção à saúde no Brasil. Saude soc [Internet]. 2011 out.;20(4):867–74. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000400005
9. Ministério da Saúde (Brasil). Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União. 2017 set. 22 [Internet]. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html
10. Santos AR dos, Almeida PF de. Coordenação do cuidado no Consultório na Rua no município do Rio de Janeiro: romper barreiras e construir redes. Saude debate [Internet]. 2021 abr.;45(129):327–39. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-1104202112906
11. Campos AG. Qual a dor do morador de rua? [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Ciências em Saúde Albert Einstein; 2016 [Internet]. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Qual-a-dor-do-morador-de-rua.pdf
12. Carneiro Junior N, Nogueira EA, Lanferini GM, Ali DA, Martinelli M. Serviços de saúde e população de rua: contribuição para um debate. Saude soc [Internet]. 1998 ago.;7(2):47–62. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-12901998000200005
13. Conselho Nacional de Educação (Brasil). Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. Diário Oficial da União. 2014 jun. 6 [Internet]. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15514-pces116-14&category_slug=abril-2014-pdf&Itemid=30192
14. Sharma MMD, Pinto AD, Kumagai AK. Teaching the Social Determinants of Health: A Path to Equity or a Road to Nowhere?. Acad Med [Internet]. 2018 jan.;93(1):25–30. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://journals.lww.com/academicmedicine/fulltext/2018/01000/Teaching_the_Social_Determinants_of_Health__A.15.aspx
15. Boelen C, Heck JE. Defining and measuring the social accountability of medical schools. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 1995 [Internet]. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/59441
16. Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Currículo Baseado em Competências para Medicina de Família e Comunidade [Internet]. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://www.sbmfc.org.br/wp-content/uploads/media/Curriculo%20Baseado%20emΩ20Competencias(1).pdf
17. Barata RB, Carneiro Junior N, Ribeiro MCS de A, Silveira C. Desigualdade social em saúde na população em situação de rua na cidade de São Paulo. Saude soc [Internet]. 2015 abr.;24:219–32. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-12902015S01019
18. Conselho Nacional de Saúde (Brasil). Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diário Oficial da União. 2013 jun. 13; Seção 1:59 [Internet]. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
19. Souza AN. A pesquisa qualitativa em saúde. In: Souza AN, Pitanguy J, organizadores. Saúde, Corpo e Sociedade. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ; 2014. p. 85–99.
20. Campos CJG. Método de análise de conteúdo: ferramenta para a análise de dados qualitativos no campo da saúde. Rev Bras Enferm [Internet]. 2004 set.;57(5):611–4. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-71672004000500019
21. Lima HS de, Seidl EMF. Consultório na rua: atenção a pessoas em uso de substâncias psicoativas. Psicol Estud [Internet]. 2015 jan.;20(1):57–69. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/PsicolEstud/article/view/24697
22. Koopmans FF. O campo e o habitus nas práticas de cuidado em equipes de Consultório na Rua: notas etnográficas [tese]. Niterói: Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, Universidade Federal Fluminense; 2020 [Internet]. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14889
23. Ferreira CP da S, Rozendo CA, Melo GB de. Consultório na Rua em uma capital do Nordeste brasileiro: o olhar de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Cad Saúde Pública [Internet]. 2016;32(8):e00070515. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00070515
24. Medeiros CRS, Cavalcante P. A implementação do programa de saúde específico para a população em situação de rua - Consultório na rua: barreiras e facilitadores. Saude soc [Internet]. 2018 jul.;27(3):754–68. [acesso em: 29 abr. 2023]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-12902018170946
25. Camargo BP. Vivência em Consultório na Rua do Rio de Janeiro: a situação de rua sob uma nova perspectiva. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 2016 ago. 15 [acesso em: 29 abr. 2023];11(38):1–3. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1269
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Declaro para os devidos fins que o artigo que estou submetendo representa um trabalho original e nunca foi publicado total ou parcialmente, e que se alguma de suas partes foi publicada possuímos autorização expressa para a publicação no periódico Comunicação em Ciências da Saúde (CCS). Esse artigo não foi enviado a outro periódico e não o será enquanto estiver sendo considerada sua publicação; caso venha a ser aceito não será publicado em outro periódico; e não contém material difamatório ou ilegal sob nenhuma forma, não viola a intimidade de terceiros, nem infringe direitos protegidos.
Eu e demais autores desse trabalho certificamos por meio desta declaração que:
- Concordamos com as normas editoriais e com o processo de revisão da CCS;
- Aceitamos a responsabilidade pela conduta desse estudo e pela análise e interpretação dos dados;
- Cooperaremos, sempre que solicitado, na obtenção e fornecimento de dados sobre os quais o manuscrito está baseado, para exame dos avaliadores;
- Não estão sendo omitidos quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias ou pessoas que possam ter interesse no material abordado no artigo;
- Não estão sendo excluídos ou omitidos deste artigo autores ou instituições participantes;
- Possuímos permissão para uso de figuras e tabelas publicadas em outras fontes;
- Possuímos permissão das pessoas e instituições citadas nos agradecimentos;
- O autor correspondente autoriza a publicação do endereço informado e e-mail do(s) autor(es) junto com o artigo;
- Assumimos a responsabilidade pela entrega de documentos verídicos;
- Autorizamos a publicação do referido artigo no periódico Comunicação em Ciências da Saúde, segundo critérios próprios e em número e volume a serem definidos pelo editor do periódico;
- Nos comprometemos a atender os prazos estipulados pelos editores do periódico Comunicação em Ciências da saúde;
- Estamos cientes de que a não manifestação no prazo de dois dias da revisão da diagramação, recebida por e-mail, será considerado aprovado para publicação.
